Sinais sem risco e sinais com risco por Celeste Brito


As células formadoras de pigmento melânico originam entidades patológicas quer pelo aumento do número ou do volume das células diferenciadas, os melanocíticos que migram da crista neural para a camada basal da epiderme, estando distribuída de forma a que a melanima se disperse de forma regular pelo queratinocitos. Estes podem ser intraepidermicos, dérmicos ou ambos.


Diversos factores contribuem para o seu aparecimento entre eles: genéticos, hormonais, imunológicos, ambientais (Radiações Ultra-Violetas) entre outros.
Entre os nevos melanocíticos há os congénitos que são lesões pigmentados presentes ao nascimento ou que surgem nos primeiros meses em que há um risco entre 5 a 40% de poderem degenerar em melanomas no caso de grandes nevos congénitos (>20 cm).
Quanto aos nevos congénitos médios (1,5 a 20cm) e os pequenos (<1,5 cm), deve-se efectuar observação periódica, pelo risco de melanoma maligno de 0 a 4,5% nos nevos pequenos  e de 4,5 a 10% nos médios, assim como biopsia excisional em caso de alteração suspeita ou de nevo irregular ou situado em local de difícil observação.
Quando ao nevo sebáceo, caracterizado clinicamente como uma placa de alópesia congénita, o risco de transformação em maligna, na idade adulta (18 a 20 anos), em carcinoma basocelular, pelo que se deve efectuar excisão cirúrgica.
Os nevos melanocíticos atípicos têm inicio na adolescência e continuando a surgir na idade adulta. Podem ocorrer em qualquer localização isolados ou múltiplos, tendo uma prevalência na população de 5 a 50%. A abordagem terapêutica requer auto-exame cada 1 a 2 meses, visitas regulares ao dermatologista, recurso a dermatoscopia e fotoprotecção/fotoeducação.


Celeste Brito
Directora do Serviço de Dermatologia e Venereologia
Hospital de São Marcos -Braga