Lesões Cutâneo-Mucosas pré-malignas e Carcinoma IN SITU por Luiz Leite

Como acontece com muitas designações ou termos que utilizamos na nossa prática clínica diária também aqui há actualmente controvérsia acerca destas duas designações as quais para alguns clínicos não tem razão de existir de forma separada já que, em sua opinião as designadas lesões cutâneas pré-malignas deveriam ser à partida consideradas como uma forma de carcinoma “in situ” isto é, lesões superficiais que não ultrapassando a camada basal seriam já formas tumorais não invasivas.

 

   
 Fig.1 – Queratoses actínicas múltiplas do dorso da mão esquerda estando uma delas erosionada.   Fig.2 – Queratose actínica do dorso do nariz em pele com acentuada dermatoheliose.

De qualquer forma o que se torna importante ao falarmos deste tipo de situações clínicas não será tanto a designação das mesmas mas sim o esclarecimento do tipo de patologia que estamos a abordar a forma como os estamos a abordar (consoante a plateia que está à nossa frente) a etiopatogenia, a clínica, a abordagem terapêutica e o prognóstico.

   
 Fig.3 e 4 – dois exemplos de Queilite actínica crónica do lábio inferior sendo que na imagem da esquerda a lesão já simulava clinicamente um carcinoma Espinocelular.

Assim, iremos abordar queratoses actínicas (incluindo as variantes atrófica e hipertrófica – “corno cutâneo”), as queilite actínica crónica (sua variante ao nível da mucosa labial) e também o designado carcinoma “in situ” que inclui a doença de Bowen bem como as suas três variantes ao nível da mucosa genital masculina ou área peri-genital: o Bowen das mucosas, a Eritroplasia de Queyrat e a papulose Bowenoide (que alguns autores preconizam actualmente que deveriam ter a designação comum de PIN (penile intraepithelial neoplasia) ou na versão portuguesa NIP (neoplasia intraepitelial do pénis) uma vez que muitos anatomopatologistas consideram que em termos histológicos é muito difícil classificá-las separadamente (o que não se passa do ponto de vista clínico).

   
 Fig.5 – Doença de Bowen  Fig.6 – Papulose Bowenoide

Finalmente iremos abordar patologia dermatológica que não sendo ainda de carácter neoplásico ou pré neoplásico podem na sua evolução vir a ser sede de neoplasias tais como a Poroqueratose actinica disseminada, as “Feridas” e as Fístulas crónicas, as Radiodermites crónicas, o Líquen esclero-atrófico, o Líquen plano erosivo, o Nevus sebáceo de Jadasshon, etc…

   
 Fig.7 – Líquen Plano erosivo da mucosa oral.  Fig.8 – Lesão de Radiodermite crónica.



Luiz Leite,
Director Clínico da Clínica Laser de Belém,
Chefe de Serviço da Carreira Médica Hospitalar,
Professor convidado da Universidade Lusófona de Lisboa.

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